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- "Passagem para o próximo sonho" é "um possível romance autocrítico
sobre os exílios: do desterro na militância clandestina, do asilo europeu, do
degredo na homossexualidade."
- O prefácio, nas orelhas do livro, tem a criatividade do texto do
cartunista e amigo Henfil, irmão de Herbert de Souza, o Betinho.
- Em seu primeiro livro, autobiográfico, Herbert Daniel conceitua e
esquadrinha os três primeiros exílios que passara até então. O livro ficou
concluído em maio de 1981, ainda no exílio em Paris, cinco meses antes
de seu regresso às terras brasileiras. A ilustração da capa foi concebida por
Cláudio Mesquita, artista gráfico e companheiro de vida, que ilustrou sete
capas dos oito livros publicados de Herbert Daniel.
- Herbert Daniel escreveu o texto cru de sua bagagem de tantas lembranças
sem a intenção panfletária de um registro de mémorias ou registro de época.
Suas ações, sua história, longe de análises de uma época, são ponderações de
histórias vividas na nossa História.
- Sua necessidade de interlocutores, de diálogos o fez escrever os
"causos" bem humorados e curiosos de uma triste história de uma sociedade
acuada, calada e desarmada...ou de alguns poucos que se armaram de coragem e
indignação. Herbert Daniel compartilha de seus contos e reflexões que narram
os motivos que levaram algumas centenas de jovens a se rebelarem
quixotescamente e outros milhões que se calaram diante de um estado
totalitário, do despreparo da esquerda e sua subsistência desesperadora.
- Conta a fábula de uma geração já distante... de nossos pais;
certamente fatos que nunca deveriam ser esquecidos para a compreensão e a
a percepção de fatos sócio-políticos atuais. Conta "causos" emocionantes de
sua participação nos sequestros de dois embaixadores e explica as origens dos
grupos revolucionários que se iam formando resistentemente e sucumbindo
devido às prisões, torturas e mortes. Conta as suas inexplicáveis e
embaraçosas escapadas aos cercos militares que o caçavam avidamente,
jurando-o de morte.
- Também nos escreve como o destino o apresentou a Cláudio
Mesquita, amigo reverenciado como seu parceiro de vida, companheiro das
tantas alegrias, muitas tristezas e dificuldades, irmão até o último dia de
vida. Nas páginas de suas lembranças relata emoções e angústias
compartilhadas a dois, clandestino com Cláudio, e a redescoberta
de sua homossexualidade em terras de um exílio estrangeiro, sufocada por sua
militância política assexuada.
- Do exílio pátrio, destrincha seu discurso com forte enfoque humanista
inserindo a homossexualidade na pauta das questões debatidas pela esquerda,
advindas de suas reflexões do gueto e a vida homossexual em Paris, onde
trabalhou como porteiro de sauna. Seu instrumento de percepção são os
passantes, os clientes, a vida cotidiana do submundo do gueto, e nos narra
mais uma série de "causos" bem humorados que nos instigam a reflexão
democrática sobre o degredo, o medo de uma realidade sócio-política
de opressores e oprimidos, de preconceitos e discriminações. Herbert Daniel
notou e anotou o degredo de uma sexualidade "que não considerava como uma
diferença sexual, uma qualidade sexual, mas fundamentalmente uma diferença
social", logo, política. Aqueles anos, que parecem ser a história de uma
terra distante, de ódios e guerrilhas...foi apenas ali, próximo, ontem e
anacronicamente desnuda as relações políticas pouco diferentes, em síntese,
do Brasil de agora.
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